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Bosch no Brasil
03/10/2025

Uma nova era para os veículos comerciais: mais conectados, sustentáveis e seguros

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Todos os dias, toneladas de cargas e milhões de passageiros cruzam o Brasil sobre rodas. Pelos quase 2 milhões de quilômetros de estradas brasileiras, circulam 65% dos produtos que abastecem o país, segundo o Atlas da Confederação Nacional do Transporte — desde os ovos que chegam ao mercado do seu bairro até as gigantescas peças que fazem funcionar as usinas de energia. Nas rodovias ou nas cidades, milhões de brasileiros fazem mais de 3,6 bilhões de viagens em transporte coletivo, seja para ir de casa ao trabalho, visitar amigos ou parentes distantes ou conhecer novos lugares, de acordo com a Pesquisa Nacional de Mobilidade Urbana e o Anuário Estatístico do Transporte Interestadual e Internacional de Passageiros.

Os 9 milhões de caminhões, veículos comerciais leves e ônibus têm papel fundamental para que mercadorias e pessoas cheguem a seus destinos. Veículos de carga são o principal elo logístico do Brasil, essenciais para a circulação de produtos, enquanto os ônibus têm sido apontados como uma alternativa melhor para o trânsito e para o meio ambiente — transportam muito mais pessoas e, proporcionalmente, ocupam menos espaço nas vias.

Mas há também desafios e oportunidades — principalmente de reverter o envelhecimento da frota, reduzir a emissão de gases do efeito estufa e melhorar a segurança. São problemas que demandam solução urgente. Normas ambientais acertadamente mais rígidas e necessidade de maior eficiência exigem que o setor entre numa nova era, a dos veículos comerciais inteligentes: mais conectados, seguros e sustentáveis, com potencial para significar um salto qualitativo no jeito como o Brasil se movimenta.

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Como o transporte de cargas pode reduzir suas emissões

A frota comercial brasileira ainda responde por mais da metade (58%) das emissões no setor de transportes. Os dados mais recentes indicam que caminhões, ônibus e comerciais leves geram, somados, 130 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (veja na ilustração abaixo), mais do que os automóveis. E, quanto mais velhos são esses veículos, menos recursos tecnológicos eles têm e mais gases lançam na atmosfera.

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O que fazer: renovar a frota

Uma das medidas urgentes é atualizar a frota brasileira de caminhões, comerciais leves e ônibus. Entre os caminhões, por exemplo, os produzidos em 2022 geram, em média, 95% menos gases do que os antigos, aponta a publicação Transporte em Foco: Renovação da Frota, da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Porém, dos 2,24 milhões de caminhões em circulação no Brasil, um em cada três tem mais de 16 anos, segundo estimativas do Sindipeças. Entre os 395,1 mil ônibus, um em cada quatro está nessa faixa. Os 6,4 milhões de veículos comerciais são, em média, mais novos: um em cada dez tem mais de 16 anos, mas chama a atenção o fato de que a faixa de 11 a 20 anos aumentou de 22% para 42% entre 2015 e 2024 nesse segmento.

Por que os veículos mais novos são melhores?

Basicamente, porque seguem programas mais rígidos de limites de emissões, como os previstos no Mover:

  • Mover - Mobilidade Verde e Inovação - Sancionado em junho de 2024, tem a meta de fazer com que, em 2030, as emissões de carbono sejam metade do que eram em 2011. Incentiva a descarbonização com benefícios fiscais e créditos para montadoras que invistam em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O setor público está ciente da importância de atualizar a frota. Em setembro de 2022, por exemplo, o governo federal lançou um programa voltado principalmente para esse fim, o Renovar. Seu objetivo é retirar de circulação veículos antigos, inseguros e mais poluentes, estimulando a troca por modelos mais novos e eficientes.

Ainda assim, é indispensável dar mais passos em direção a uma maior sustentabilidade.

O que fazer: adotar tecnologias mais modernas

A matriz energética brasileira é bastante diversificada. Seja qual for o combustível que venha a predominar no setor de transporte de cargas e passageiros, há inovações que ajudam a minimizar as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas.

  • Motor a diesel, mas sustentável e eficiente - A grande maioria dos caminhões, vans, ônibus e micro-ônibus que circulam pelo Brasil são movidos a diesel. A transição para outros combustíveis nem sempre é viável e certamente será lenta. Mesmo com o diesel, porém, consegue-se chegar a resultados melhores. Uma das maneiras é por meio do Common Rail Injector, da Bosch, que libera combustível de forma precisa e controlada. Ele diminui o consumo, as emissões, o ruído e a vibração do motor, além de garantir uma vida útil maior para os componentes de injeção.
  • Motor a diesel-etanol - Pioneira nos motores flex álcool-gasolina, desenvolvidos pela empresa há mais de 20 anos, a Bosch dá um salto e volta a revolucionar o setor com a tecnologia diesel-etanol, anunciada em fevereiro de 2025. Muito vantajosa no contexto brasileiro — o país não é autossuficiente em diesel, mas se destaca como o maior produtor mundial de etanol a partir da cana-de-açúcar —, a novidade faz com que os motores originais diesel possam também utilizar etanol. A solução já está disponível para aplicações OEM e, como retrofit, será testada em campo no próximo ano e estará disponível para comercialização a partir de 2027.
  • Motor elétrico - Esse tipo de tecnologia, disseminada rapidamente nos automóveis, também pode mover o transporte de cargas e passageiros. O motor elétrico da Bosch para veículos elétricos a bateria ou célula de combustível representa um grande avanço na mobilidade comercial. Compacto e escalável, ele alcança até 97% de eficiência, com alta potência de saída e torque. É econômico, silencioso e com zero emissões.

As tecnologias da Bosch também contribuem para modernizar as frotas mesmo quando os veículos ainda estão sendo produzidos. Antes mesmo de chegarem às ruas e estradas, o Vehicle Data Solutions oferece apoio técnico a montadoras e engenheiros. Por meio do sistema, com uma conexão 4G os desenvolvedores têm acesso praticamente em tempo real a dados de motor, freios, câmbio, painel e sensores, melhorando o processo de análise e tomada de decisões.

Como o transporte de cargas e passageiros pode ser mais seguro

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Nas estradas, os acidentes costumam ser mais graves: a velocidade é maior, o tráfego de veículos pesados é mais intenso e as condições das vias muitas vezes são inadequadas. Os dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que, entre 2016 e 2024, o número de acidentes com caminhões, ônibus e comerciais leves diminuiu 19%. Mas o recuo esconde duas más notícias: aumentou o número de ocupantes mortos (5%) e feridos (3%).

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Esses números referem-se apenas aos ocupantes de cada tipo de veículo – em 2024, por exemplo, 6.724 motoristas ou passageiros de caminhões se feriram. Mas, por serem grandes, os veículos comerciais também costumam provocar acidentes com mais vítimas nos outros veículos, como automóveis e motos. Em 2024, por exemplo, acidentes com ônibus e caminhões causaram 3.291 mortes nas estradas brasileiras, de acordo com o anuário da Polícia Rodoviária Federal. Isso representa 42% do total de óbitos.

O que fazer: tecnologias que aumentam a segurança

O mesmo anuário da Polícia Rodoviária mostra que as principais causas de acidentes nas estradas estão ligadas ao comportamento dos motoristas, como não conseguir ou demorar a reagir em situações de risco, dormir ao volante, dirigir muito próximo ao veículo que está à frente e frear bruscamente. A boa notícia é que a tecnologia vem avançando para agir onde o ser humano falha. A Bosch desenvolve várias soluções nessa área. Elas podem atuar em diversas frentes.

  • Conforto do motorista - Um exemplo é a direção hidráulica eletrônica Servotwin. Ela melhora significativamente a dirigibilidade, especialmente em manobras complexas. Exige menor esforço físico do motorista e aumenta a estabilidade. Entre suas funções, estão a compensação de vento lateral, a permanência na faixa e assistência durante congestionamentos. Alguns de seus benefícios são:
    • Permite a condução automatizada;
    • Alivia o estresse do motorista;
    • Tem retorno de direção ativo;
    • Amortece as irregularidades do pavimento.
  • Aplicação de tecnologias de segurança - Os dispositivos que ajudam a tornar os automóveis mais seguros também podem ser usados em veículos comerciais, com adaptações. Entre os exemplos, estão:
  • Assistente para permanência de faixa - Emite um alarme sonoro sempre que o motorista está para mudar de pista sem dar seta. Ajuda a combater, por exemplo, acidentes provocados por sonolência ou distração (veja no vídeo como o assistente funciona).
  • Alerta de ponto cego - É equipado com sensores que monitoram o entorno do veículo. Se nota a aproximação de outro veículo, avisa o motorista. É muito útil em caminhões, sobretudo com carretas, que têm muitos pontos cegos (veja no vídeo como o alerta funciona).
  • Frenagem automática de segurança - Chamado de AEB, o sistema já equipa muitos automóveis. Quando seus sensores e câmeras detectam um outro veículo, um ciclista, um pedestre ou algum obstáculo à frente, ele avisa o motorista. Se este não reagir, os freios são acionados automaticamente (veja no vídeo como o sistema funciona).

O que fazer: aprimorar a fiscalização

Fazer manutenção preventiva é uma medida simples que poderia evitar muitos desses acidentes, mas vem sendo ignorada por boa parte dos motoristas. Falhas mecânicas ou elétricas, faróis desregulados, pneus com avarias ou com desgaste excessivo, problemas com o freio e a suspensão estão entre as 20 maiores causas de acidentes registrados em 2024, segundo o anuário da Polícia Rodoviária Federal. O resultado: 121 pessoas mortas e 853 feridas gravemente por falta de manutenção.

Há ao menos duas medidas que poderiam combater o problema:

  • Intensificar a inspeção veicular - Sua obrigatoriedade está prevista no Código Brasileiro de Trânsito desde 2017, mas até hoje não foi aplicada plenamente, porque depende de regulamentações dos governos estaduais.
  • Aumento da fiscalização - Os dados disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal mostram que, em 2024, foram emitidas mais de 568 mil multas relacionadas a problemas de manutenção ou instalação. A mais comum desse tipo é dirigir veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança (142.790 multas, a quinta principal infração, logo após punições ligadas a comportamento do motorista, como excesso de velocidade).

O que fazer: conectividade para melhorar a manutenção

Para as empresas que administram frotas, há uma forma ainda mais eficiente de manter os veículos bem conservados, com manutenção em dia.

Gestão de pneus com inteligência artificial

A Bosch desenvolveu uma tecnologia que usa um aplicativo com inteligência artificial para analisar os sulcos dos pneus de veículos pesados. Basta enviar algumas fotos para que o sistema, treinado com milhares de imagens de pneus, gere um relatório com sugestões de manutenção. Os resultados são complementados por uma plataforma web que auxilia a gestão completa do ciclo de vida desses componentes. A solução aumenta em até 45% a vida útil dos pneus e economiza custos.

Gestão inteligente da frota

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As novas tecnologias ainda contribuem para controlar os custos e coordenar as operações de logística. Um exemplo é o sistema de telemetria da Bosch para caminhões, que usa a rede móvel de celulares e o armazenamento em nuvem para monitorar cada veículo da frota em tempo quase real. De forma rápida e precisa, sem sair do escritório, é possível:

  • Localizar os veículos;
  • Receber recomendações para ajudar a melhorar o consumo de combustível e padrões de condução, como frenagens bruscas, acelerações excessivas e uso ineficiente do motor;
  • Monitorar o consumo de combustível, velocidade, tempos de parada e condução;
  • Obter relatórios personalizados sobre operação e desempenho da frota, ajudando a enxugar custos e aumentar a produtividade;
  • Identificar necessidades de reparo e o momento ideal para manutenção.

Gestão de manutenção

Caso algum veículo precise ir para oficina, a Bosch oferece outro serviço 100% digital, o DriveB fleet, que conecta empresas e motoristas a uma grande rede de assistência em todo o Brasil, incluindo a rede Bosch Diesel, especializada no diagnóstico e na reparação de componentes de todos os sistemas diesel. A conexão é feita por uma plataforma on-line e por aplicativo. Entre os benefícios estão:

  • Mão de obra especializada;
  • Planos de manutenção preventiva e corretiva específicos para cada cliente;
  • Gestão e acompanhamento em tempo real das manutenções e dos status dos veículos.

Rede Bosch Diesel

As oficinas Bosch Diesel Center e Bosch Diesel Service oferecem um completo diagnóstico de veículos e soluções de reparação para componentes em todos os sistemas diesel, com um elevado nível de experiência no mercado, profissionais qualificados e equipamentos de ponta que cumprem com os mais rigorosos padrões de qualidade Bosch.

Benefícios para todos: frotistas e sociedade

Modernizar a frota é uma medida que aumenta a competitividade das empresas, mas traz muitas outras vantagens. A transição para um transporte mais limpo, conectado e seguro melhora a qualidade do ar, reduz riscos nas estradas e alinha o Brasil às metas globais de sustentabilidade e a mercados cada vez mais exigentes.

Para os frotistas, os benefícios são concretos: menor custo com manutenção, operações mais previsíveis e cumprimento das exigências regulatórias. Para a sociedade, há ganhos para a saúde, um futuro mais saudável e eficiente.

A Bosch é um agente ativo nessa transformação, com inovações tecnológicas que inauguram uma nova era na mobilidade: veículos comerciais mais seguros, com melhor desempenho e inteligentes. Mais do que peças e sistemas, as soluções da Bosch são parte de um modelo baseado em tecnologia para a vida — conectada ao que move o presente e preparada para o futuro.