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Bosch no Brasil
28/04/2022

Preservação e Conservação Ambiental

Robert Bosch

Robert Bosch era um verdadeiro amante da natureza. Desde pequeno, era apaixonado pela flora e pela fauna, motivo pelo qual trabalhou para protegê-las. Ao longo de sua vida, a natureza se tornou um lugar de refúgio e recuperação. Além disso, como homem de negócios, a conservação de recursos desempenhava um papel importante insumos e era ética e moralmente correta. Esta abordagem responsável tem sido continuamente expandida na empresa até hoje.

Robert Bosch e a conservação da natureza

Lina Haehnle

Durante a época de Robert Bosch, a proteção ambiental como conhecemos hoje não era um problema em que alguém estivesse pensando ativamente, embora as primeiras consequências ambientais da revolução industrial já fossem bastante visíveis. O conceito de preservação do meio ambiente surgiu pela primeira vez na Alemanha por volta de 1820, com o objetivo inicial de preservar paisagens. Em 1872, a região de Yellowstone nos EUA foi declarada o primeiro parque nacional do mundo, enquanto a Alemanha levou até 1920 para criar sua primeira reserva natural em Lüneburger Heide. Já no final do século 19, as pessoas começaram a assumir a responsabilidade de defender a proteção de espécies individuais de animais e vegetais. Entre as da atual Naturschutzbund (UCNB - União para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade), da qual Robert Bosch logo se tornou membro. Ele conhecia pessoalmente a fundadora e seu marido, bem como defendia suas ideias de conservação do meio ambiente.

Uma fazenda da Bosch

A conservação do meio ambiente não era a principal preocupação de Robert Bosch na Boschhof, mas a sustentabilidade econômica era. Em 1912, ele comprou alguns terrenos na Alta Baviera com o objetivo de aproveitar seu soloda modelo. A Boschhof foi criada a partir da união de sete fazendas anteriormente independentes. Essa reviravolta fez com que ele voltasse às raízes e interesses de sua infância: “A agricultura em si é um dos ramos de negócios mais interessantes que existe. É mais variado do que praticamente qualquer outro campo, pois tem a ver com zoologia, botânica, geologia, química e meteorologia, em seu sentido mais amplo.”

Seu objetivo era aplicar os princípios de suas atividades industriais à agropecuária, não no sentido da produção agrícola em massa, mas na utilização das técnicas mais modernas para produzir produtos de alta qualidade. Este projeto começou com a ajuda de máquinas especializadas, além da introdução de um processo recentemente desenvolvido de fabricação de silagem. O fato de que a conservação do meio ambiente não foi negligenciada neste empreendimento é ilustrado pela implementação de um método natural de controle de pragas para a Boschhof. Ao criar um verdadeiro paraíso natural para os pássaros da fazenda, não foram necessários pesticidas contra insetos.

Moderne Landwirtschaft

Retorno à natureza

Lã e homeopatia

A combinação da agricultura moderna com a natural foi uma questão central para o movimento Lebensreform (reforma da vida), que foi fundado no século 19 com o foco no retorno à natureza. Quando jovem, Robert Bosch se familiarizou com esse movimento por meio de Gustav Jäger, que criou roupas feitas de lã pura, destinadas a regular melhor a umidade corporal e, assim, serem mais saudáveis. A partir daquele momento, Robert Bosch passou a usar quase exclusivamente roupas de lã.

A homeopatia era outra área de interesse de Robert Bosch, que sempre procuraria esse tipo de tratamento para quaisquer, além disso, ele sempre procuraria primeiro tratamentos homeopáticos para quaisquer doenças. Sua convicção de que a homeopatia tinha grande potencial medicinal o levou a fundar o Hospital Robert Bosch, que funcionava com base na atividade econômica sustentável, além dos princípios homeopáticos.

Conservação de recursos

As práticas de negócios sustentáveis também se refletiram no empreendedorismo de Robert Bosch, com a conservação de recursos sendo um de seus princípios orientadores desde o início. Reiteradamente, o lembrete viria a ser “Desligue as luzes quando não precisar delas!” Além de considerações econômicas, ele também se preocupava com motivos éticos. Uma cultura de desperdício, seja em termos de mão de obra ou recursos naturais, deve ser evitada. A regulamentação do local de trabalho de 1920 até mesmo já apresentava a diretriz: “Os resíduos devem ser separados por tipo e colocados em recipientes especialmente designados para este fim. [...] A maior economia deve ser exercida no consumo de luz, energia, gás, água, ar comprimido e outros materiais de trabalho.” Tendo aumentado a eficiência econômica da empresa, as muitas pequenas conquistas dos primeiros anos logo se transformaram em iniciativas claramente definidas, conforme os negócios se desenvolviam. A Bosch introduziu sistemas sofisticados para coletar, utilizar e descartar resíduos já em 1935. O aquecimento é outro bom exemplo dos esforços consideráveis feitos na época: Na década de 1930, a localidade de Feuerbach estabeleceu padrões para economia de energia em sua nova planta de cogeração.

Robert Bosch faleceu em 1942. Embora ele não tenha vivido para ver a transição da conservação da natureza para a proteção ambiental na década de 1970, suas iniciativas ficaram enraizadas e fazem parte do DNA da empresa.

Ressourcenschonung Heizkraftwerk Feuerbach 1937

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