Semear inovação do plantio à colheita: as soluções Bosch para o campo

A importância do agro
A agricultura desempenha um papel vital na economia brasileira e no nosso dia a dia: da comida que colocamos no prato à matéria-prima para as roupas que vestimos, dos combustíveis verdes às exportações que ajudam a equilibrar o valor do real no mercado de câmbio, do crescimento econômico à presença do Brasil nas principais discussões globais.
Não é por acaso. A América Latina em geral, e o Brasil em particular, terá papel fundamental de garantir segurança alimentar a um mundo em expansão. Um relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, divulgado em abril de 2025, projeta que, em meados da década de 2080, o planeta terá 10,3 bilhões de pessoas. A população brasileira, de acordo com o levantamento, continuará crescendo pelos próximos 20 anos e chegará a 219,2 milhões de habitantes até 2042.
Para alimentar esse contingente de pessoas, é preciso produzir mais e melhor – e usando menos recursos naturais. Não dá para falar sobre alimentar o mundo sem relacionar o agronegócio ao meio ambiente e às inovações tecnológicas que contribuem para aumentar a produtividade com sustentabilidade.
Com o foco no desenvolvimento de tecnologia para a vida e sua expertise na internet das coisas, as tecnologias da Bosch atuam do plantio até a colheita, ajudando o campo a plantar e colher com mais eficiência. Entre elas, estão sensores e dispositivos conectados que melhoram o plantio, a colheita, o combate às pragas e o uso de fertilizantes. São sistemas que controlam e monitoram maquinários em tempo real, geram inúmeros dados e analisam as informações para melhorar a gestão das atividades rurais.
Neste texto, apresentamos um panorama do agro e o que vem sendo feito para melhorar o acesso de todos à comida e a outros recursos que vêm do campo.
O crescimento do agro no Brasil
Fazendo jus ao título de “celeiro do mundo”, propagandeado ainda na ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), o país está entre os maiores produtores e exportadores de alimentos. O agro, além de abastecer o mercado interno, é responsável por mais da metade de todas as exportações brasileiras. Em março de 2025, a proporção chegou a 53,6%.
- Um em cada quatro produtos agropecuários no mundo é brasileiro, e a produção do Brasil alimenta 800 milhões de pessoas, segundo a Embrapa.
- Desde 2023, o Brasil é o maior país exportador de commodities agropecuárias e agroindustriais, ultrapassando os Estados Unidos, mostra um levantamento do Insper Agro Global.
O agronegócio responde por 23,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em 2024, o setor movimentou R$ 2,72 trilhões – R$ 1,9 trilhão na agricultura e R$ 819,26 bilhões na pecuária.
A cada dois dias, o país conquista um novo mercado, segundo o Balanço 2024 da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. China, Estados Unidos e União Europeia continuam a ser os principais compradores, mas os produtos nacionais já estão presentes nos cinco continentes, em mais de 60 países. Os maiores destaques são:
- Soja - O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja em grãos, no topo do ranking mundial desde 2012.
- Café - O Brasil mantém a liderança na produção e exportação de café em grão.
- Cana-de-açúcar - O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar do mundo e é o segundo maior produtor de etanol (atrás apenas dos Estados Unidos, que gera o biocombustível sobretudo a partir do milho).
- Suco de laranja - Em 2025, o país deve responder por 70% das exportações do produto no mundo e alcançar a marca de 1 milhão de toneladas.
- Milho - O Brasil disputa com os Estados Unidos o posto de maior exportador do grão no mundo. Em 2023, com 55,9 milhões de toneladas, os produtores brasileiros assumiram a liderança. Mas a recuperação norte-americana em 2024 pode fazer com que as duas primeiras posições se invertam.
Os desafios dos produtores rurais hoje
Se o setor alimenta e continuará a alimentar o mundo, a tarefa pode ser resumida em fazer mais e melhor com menos recursos. Em outros termos, é preciso ser mais eficiente. Os desafios principais são:
- O desafio demográfico - O número de habitantes tem aumentado mais devagar nos últimos anos, de acordo com a Divisão de População da ONU. Contudo, deve atingir 10,3 bilhões de pessoas nas próximas décadas. E, em comparação com outros períodos da história, trata-se de um contingente que se alimenta muito melhor. A proporção de pessoas subnutridas diminuiu de 13%, em 2000, para 9%, e deve recuar para 6,8% até 2030, estima a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Para abastecer uma população maior e mais bem alimentada, a agropecuária terá de se tornar mais produtiva.
- O desafio da mão de obra - Em 2024, o número de trabalhadores no agro bateu recorde, com 28,2 milhões de pessoas ocupadas, ou 26% da mão de obra no país. A maior parte, porém, está nos agrosserviços, na área de insumos e na agroindústria. O chamado segmento primário registrou queda de 3,7%, com 302 mil trabalhadores a menos. É uma tendência que prevalece na maior parte do mundo: a urbanização reduziu a proporção de pessoas que moram e trabalham no campo — o tombo foi de 43% para 26% entre 1991 e 2023, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho. Isso exige a adoção de tecnologias que aumentem a produção mesmo com menos trabalhadores.
- O desafio hídrico - A irrigação e o abastecimento rural são responsáveis por 51% do uso da água no Brasil, segundo o relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2024, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O percentual é inferior ao da média mundial, de 70%. Uma área irrigada produz duas a três vezes mais, segundo a agência — o que freia a pressão por desmatamento, por exemplo. No entanto, o uso mais eficiente de um bem cada vez mais disputado como a água já está no radar dos produtores.
- O desafio ambiental - Desde 2000, a cobertura florestal do Brasil caiu 8%; as áreas de vegetação campestre (como o Cerrado), 11%. Por outro lado, a área agrícola deu um salto de 50% e as pastagens, de 28%, como mostra o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, do IBGE. Algumas vezes, esse salto ocorreu em detrimento das florestas, com desmatamento para abertura, sobretudo, de pastagens. Nos países europeus e nos Estados Unidos, processo semelhante e ainda mais intenso ocorreu ao longo dos séculos 19 e 20. O modo como a sociedade encara essas mudanças mudou muito. Reduzir as queimadas, desmatar menos e deter a emissão de gases de efeito estufa são ações cada vez mais cobradas por organizações sociais e governos. Já há algum tempo o assunto faz parte das negociações comerciais internacionais. Na agricultura, o Brasil conta com a vantagem de ter duas safras por ano e técnicas mais sustentáveis, como a integração entre lavoura, pecuária e floresta.
A contribuição da tecnologia para o futuro do agro
Os desafios indicados acima não são triviais. A solução para o futuro sustentável do agro caminha lado a lado com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Entre elas, estão sensores para monitorar as condições do solo, o clima e a saúde das plantas e pastagens, permitindo o uso eficiente de insumos — como fertilizantes e sementes —, e a irrigação inteligente, com o uso de sistemas que otimizam o uso da água.
O big data e a inteligência artificial são outros recursos valiosos. A coleta e análise de grandes volumes de dados ajudam os agricultores a tomarem decisões a partir de previsões de padrões climáticos, pragas e doenças.
Máquinas cada vez mais autônomas e com sistemas integrados podem suprir a carência de mão de obra, com tratores, plantadeiras e colheitadeiras realizando tarefas com precisão e eficiência, economizando tempo e recursos. E podem ser controladas do escritório da fazenda, por exemplo. A eletrificação também contribui significativamente para emitir menos gases do efeito estufa na atmosfera.
Conectividade e automação aprimoram a gestão agrícola
Do plantio à colheita, a Bosch oferece produtos e serviços que aumentam a produtividade no campo, protegem o meio ambiente e ainda geram economia. Confira alguns deles abaixo.
Bosch Digital Agro - Dados precisos em tempo real
A plataforma monitora e controla remotamente máquinas e implementos no campo, facilitando a tomada de decisões baseadas em dados precisos e em tempo real. Pode ser operada de duas principais formas:
- Conexão cloud-to-cloud - Um parceiro de serviços coleta os dados da plataforma e oferece soluções digitais personalizadas para o produtor rural.
- Portal Bosch - Os usuários podem conectar-se diretamente às suas máquinas, acessando informações e controlando operações de forma eficiente.

Bosch IPS - Mais eficiência e menos desperdício no plantio
Esse sistema inteligente atua diretamente nas plantadeiras para fazer a dosagem correta de sementes e fertilizantes. O processo fica mais preciso e sustentável. O resultado são colheitas mais produtivas e rentáveis.
Principais características do IPS:
- Controle de seção - O sistema regula a quantidade de sementes e fertilizantes em cada linha de plantio, adaptando-se às variações de fertilidade do solo e garantindo uma distribuição uniforme.
- Aplicação sob medida - Com o uso de mapas de prescrição, ajusta automaticamente a aplicação conforme as necessidades específicas de cada área da lavoura.
- Compensação de curvas, sem sobreposição - A tecnologia ajusta a dosagem nas curvas e evita a duplicação de sementes, otimizando o uso do solo e prevenindo desperdícios.
Essas funcionalidades contribuem para a economia nos insumos e para um aumento de até 8% na produtividade da cultura do milho e de 3% na de algodão, como mostrou um projeto da Bosch com a Embrapa. Além disso, o Bosch IPS é flexível e pode ser integrado a diferentes dosadores.
Bosch Fertilizer - Cada etapa conta, e cada safra faz história
O Bosch Fertilizer é um diferencial do IPS. Opera em taxa fixa ou variável, evita sobreposição e faz a compensação de curva. Além disso:
- É simples de montar e operar
- Personalizável de acordo com a máquina e com as necessidades do cliente
- E gera economia e maior produtividade para você, produtor.
Com uso adequado de fertilizantes, é possível produzir mais numa área menor, aumentando a rentabilidade das lavouras.
One Smart Spray - Herbicida apenas onde é preciso e na dose certa
Integrado diretamente ao pulverizador, o sistema desenvolvido pela Bosch e pela Basf permite uma gestão mais eficiente e sustentável do combate às plantas daninhas, detectando em tempo real a presença de espécies indesejadas e aplicando herbicidas de forma direcionada e na dose certa. Isso significa maior economia, eficácia e menor dano ambiental sem comprometer a produtividade. O planejamento pode ser feito e enviado às máquinas remotamente.
Principais características:
- Precisão - Equipado com câmeras de alta resolução, o sistema identifica as plantas daninhas em milissegundos, ativando os bicos de pulverização.
- Operação 24/7 - Graças à iluminação LED integrada, a pulverização pode ser realizada durante o dia e a noite.
- Inteligência agronômica - O sistema fornece recomendações agronômicas personalizadas para cada cultura, tornando o manejo das plantas daninhas mais eficaz.
- Ferramentas digitais - Oferece mapas detalhados de cobertura de plantas daninhas, classificações de tamanho e áreas aplicadas. Além disso, possibilita o acompanhamento em tempo real da economia de herbicidas e gera documentação e relatórios automatizados para facilitar o monitoramento e a tomada de decisões.
Bosch Rexroth - Menos emissões e alto desempenho em máquinas agrícolas
A mobilidade sustentável também chegou ao campo. Líder no setor de acionamento e controle, a Bosch Rexroth oferece soluções para eletrificação de máquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras e pulverizadores, aliando bom desempenho, eficiência energética e redução de emissões. Máquinas elétricas também tendem a ser mais silenciosas e exigir menos manutenção, o que é mais um benefício para os produtores rurais.
Conheça algumas soluções da Bosch Rexroth:
Linha eLION - É composta por componentes elétricos totalmente integrados, que facilitam a eletrificação de máquinas agrícolas. Entre eles estão motores, inversores com várias classes de potência e capacidade de sobrecarga, caixas de transmissão, controle de carregamento rápido integrado, conversores de alta para baixa tensão e cabeamento de baixa e alta tensão resistentes a produtos químicos (saiba mais sobre a eLION).
Sistemas hidráulicos e componentes adicionais - As bombas variáveis de pistões axiais A10V, produzidas no Brasil, adaptam-se às necessidades de cada função, como distribuição e pulverização de defensivos agrícolas. O portfólio inclui sistemas de transmissão com controle de velocidade e outras funções do motor eletrônico AgDrive, e motores de pistão.
BODAS Connect - A plataforma digital da Bosch Rexroth reúne tudo o que o produtor precisa para eletrificar, conectar, gerenciar, monitorar e atualizar o maquinário agrícola de forma remota e em tempo real, sem precisar parar a máquina. É possível personalizar os sistemas de controle e acionamento de acordo com as necessidades de cada operação. Compatível com diferentes sistemas e sensores, oferece flexibilidade para se integrar a diversos tipos de máquinas (saiba mais sobre a BODAS Connect).
Rede Bosch Diesel - Melhor desempenho e maior vida útil às máquinas agrícolas
Os motores a diesel ainda movem boa parte do campo brasileiro. As oficinas Bosch Diesel Center e Bosch Diesel Service são parceiros estratégicos para o agro, assegurando manutenção adequada para tratores, colheitadeiras, pulverizadores e caminhões continuarem a rodar com força, economia e confiabilidade. As oficinas especializadas são credenciadas pela Bosch para fazer manutenção, diagnóstico, reparo e remanufatura de sistemas.
Com esses serviços, o produtor rural garante uma série de benefícios:
- Máquinas com melhor desempenho e produtividade.
- Aumento da vida útil dos equipamentos.
- Redução nas paradas não planejadas.
- Menor custo com combustível.
- Redução de resíduos e menor uso de recursos naturais com peças remanufaturadas.
- Sustentabilidade e economia no longo prazo.
Tecnologias estão cada vez mais no radar dos produtores rurais
O papel estratégico do agro brasileiro na segurança alimentar global e na economia do país não foi conquistado por acaso. Trata-se de um setor aberto à modernização e a novas tecnologias.
O estudo “A Reinvenção do Agronegócio Brasileiro”, publicado em abril de 2025 pela PwC Brasil, revela que 56% dos líderes do setor estão preocupados e já se preparam para encarar desafios como as mudanças climáticas.
Dados da pesquisa mostram que:
- 78% dos CEOs do agronegócio planejam investir na integração da inteligência artificial com plataformas tecnológicas
- 45% das empresas do agro já usam sensores inteligentes no campo — a média nacional é de apenas 9%.
- 61% esperam aumentar a lucratividade com IA.
Ser eficiente, portanto, não é mais uma opção no agro. É uma exigência. E a inovação tecnológica é o caminho para aumentar a eficiência, incrementar a produção e melhorar a qualidade sem comprometer o meio ambiente.